Por Cassiana Rodrigues

      
      A Índia é realmente uma terra de encantos. Um país movido pelas suas religiões e por uma fé que ultrapassa qualquer razão. O que admiramos como mitos e lendas encantadoras não são nada menos do que fatos incorporados a seu dia-a-dia como podemos perceber em seu comportamento, crenças, política, estrutura social, enfim, em sua história. Na arte não poderia ser diferente. A própria dança nasce dos deuses e se mantém por eles. A dança traz desde sua origem a presença do divino. Surge para louvar seus deuses, contar suas histórias e até mesmo seduzir esses seres de poderes fantásticos que são, ao mesmo tempo, tão próximos da humanidade.
       Na Dança Clássica Indiana é fácil perceber a força da Trindade Hindu. Segundo o hinduísmo, o mundo é regido por três deuses: Bhrama, o Criador; Vishnu, o Conservador da ordem do Universo; e Shiva, o Destruidor. A partir daí, todo movimento e expressão serve àqueles que nos concederam a benção da dança e suas várias reencarnações ou manifestações.
        O povo é outra curiosidade à parte. Divididos entre mil culturas, trazem em comum uma maneira simples de levar a vida. Existe algo de extraordinário neste lugar mágico que não se pode ver nem tocar. Está oculto na suas estradas de terra, nas mulheres envoltas em saris coloridos, nos olhares curiosos, nos templos proibidos. Enfim, coisas que só a Índia pode revelar...
   Dentre diversos estilos de dança clássica indiana, existem sete que se destacam, são eles: Mohiniyattam, Kuchipudi, Bharatanatyam, Odissi, Kathak, Manipuri e Kathakali. Cada um nos oferece sua beleza e peculiaridades. Trazemos aqui apenas um apontamento sobre cada estilo para aqueles que tenham interesse em saber um pouco mais sobre esta cultura. Namastê.